Harvard aponta que trabalho híbrido é melhor modelo laboral: o que precisa melhorar?

Com a nova realidade de trabalho pós-pandemia do coronavírus, as empresas estão adotando modelos híbridos de configuração laboral. O chamado home office veio para ficar. Mas, qual é o modelo ideal? De acordo com um estudo da Harvard Business School, o ideal é que os trabalhadores passem apenas um ou dois dias no escritório, ou seja, não totalmente presencial nem o tempo todo em casa. Dessa maneira, o trabalho híbrido pode obter melhor desempenho na entrega corporativa além de melhor avaliação dos gestores. 
 
“Essa é uma realidade que veio para ficar. Percebeu-se que, ao trabalhar em casa, a pessoa pode render mais e melhor porque tem mais tempo e possibilidades de resolver questões pessoais, ficar mais próximo da família, como filhos, ou de animais de estimação”, avalia Glauce Fonçatti, advogada trabalhista membro do Escritório Batistute Advogados. O estudo, encomendado pela Vyopta, organização que ajuda empresas a gerenciarem seus sistemas de colaboração e comunicação no local de trabalho, acompanhou 130 trabalhadores divididos em três grupos em modalidades laborais distintas. 
 
Um dos grupos passou menos de 25% dos dias de trabalho no escritório; o segundo, mais de 40%; e o terceiro, foi o grupo intermediário, trabalhando um ou dois dias por semana presencialmente. Foi justamente esse último grupo que entregou melhor produtividade e mais originalidade, obtendo melhor desempenho. “É óbvio que, para adotar o modelo híbrido, as empresas e corporações precisarão melhorar a oferta de equipamentos e outras condições de trabalho em casa ou, então, possibilitar essa melhoria, dependendo da relação empregatícia. Entretanto, é uma realidade que precisará ser considerada daqui por diante.” 
 
De fato, a pesquisa apontou ainda que os líderes não confiam na potencialidade de seus colaboradores em home office, que as pessoas que trabalham presencialmente têm possibilidades e favorecimentos maiores além de que as empresas sabem que falham em fornecer as ferramentas necessárias ao trabalho remoto. “Por isso, é preciso construir junto essa nova realidade que se desenha no cenário pós-pandêmico. É preciso fortalecer os valores da empresa, atentar-se aos direitos e deveres dos trabalhadores e de cada um dos atores nesse conDescricao, independentemente de qual seja a relação contratual”, ressalta Glauce. 
 

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