Advogada dá dicas para evitar cair em golpes da “Black Fraude”

A Black Friday já se tornou parte do calendário comercial brasileiro e muitos consumidores esperam ansiosamente por essa data a fim de aproveitar grandes descontos em produtos. De fato, é uma oportunidade para comprar, principalmente, eletrônicos. Entretanto, mesmo assim, é preciso ficar atento aos verdadeiros descontos e possíveis “ciladas”, o que popularmente as pessoas chamam de “Black Fraude”, para não cair em golpes ou pagar preços que, de fato, não têm descontos. 

“Muitas empresas acabam subindo os preços para, depois, dar um desconto que se torna irreal. Por isso, o consumidor que quer mesmo aproveitar as oportunidades de compras, precisa pesquisar e verificar se, de fato, está levando vantagem”, afirma a advogada Larissa Nishimura, membro do Escritório Batistute Advogados, especialista em direito do consumidor. Pesquisa realizada pela Faciap (Federação das Associações Comerciais e Empresariais do Estado do Paraná) mostra que, em Londrina, a expectativa dos lojistas é elevar em 9,4% as vendas nesse período e por conta da Black Friday. 

Para ajudar os consumidores nessa época, Larissa listou uma série de dicas e medidas que podem ser adotadas com o objetivo de evitar a “Black Fraude”: 

1.    Histórico de preços: o consumidor que quer mesmo comprar produtos de alto valor com grandes descontos deve acompanhar os preços desde muitas semanas antes. Assim, poderá saber se as lojas não estão subindo o valor do produto para só depois oferecer o desconto, o que acaba ficando na mesma. 
2.    Evite o impulso: é natural que, quando o consumidor vê grandes porcentagens de descontos, acabe querendo comprar tudo de uma vez. Tenha cuidado e segure o impulso. Compre apenas o que, de fato, precisa, para não comprometer o cartão de crédito nem o cheque especial e acabar se endividando. 
3.    Desconfie de sites: com a profusão de golpes pela internet, o consumidor pode receber ofertas tentadoras de e-mails e sites duvidosos. Antes de clicar nas promoções, pesquise a procedência e confirme se a promoção é real. Se for preciso, ligue na loja física. 
4.    Golpes: diversos golpes são aplicados durante as vendas da Black Friday. Verifique os dados do boleto, por exemplo, além de evitar cair em frases de efeito como “últimas unidades” ou “só hoje”, estratégias para o consumidor comprar impulsivamente. 
5.    Órgãos do consumidor: se o comprador verificar que há má fé da loja ou que pode ser algum golpe, é importante entrar em contato com os órgãos de fiscalização e de proteção do consumidor, mesmo que a compra não tenha sido realizada, a fim de evitar que outras pessoas também caiam no golpe. 

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